[NARRAÇÃO ORAL | OFICINA] Contar Histórias no século XXI | PAULA CARBALLEIRA

Sun Oct 26 2025 at 03:00 pm to 07:15 pm UTC+00:00

Cerca de São Bernardo, 3000-097 Coimbra, Portugal | Coimbra

TCSB - Teatro da Cerca de S\u00e3o Bernardo
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[NARRA\u00c7\u00c3O ORAL | OFICINA] Contar Hist\u00f3rias no s\u00e9culo XXI | PAULA CARBALLEIRA
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1. A NARRAÇÃO ORAL NO SÉCULO XXI
Privilegiamos a narrativa visual (ou melhor, a transmissão de imagens). Tomamos (pouco) em conta a narrativa escrita. Negligenciamos (totalmente) a narração oral.
Através da narração, contamos o que somos: os nossos medos, as nossas esperanças, os nossos desejos, as nossas ilusões e desilusões, e assim descobrimos ou inventamos respostas a questões transcendentais.A necessidade de competências narrativas para:
– Transmitir o conteúdo;
– Organizar o discurso;
– Enriquecer o vocabulário.
A necessidade de nos exprimirmos, de fazermos ouvir a nossa voz, de nos tornarmos visíveis e importantes para os outros, de termos algo para contar. É a nossa maneira de permanecer na memória, de ultrapassar a morte.
A necessidade de escolher, de nos reconhecermos nas histórias, nas preocupações antigas dos seres humanos, de fazermos parte de uma comunidade, unidos por uma tradição cultural, entendida não como algo imutável, ancorado no passado, mas como algo que faz parte de nós, da nossa identidade e que muda à medida que a sociedade muda.
2. AS GRANDES QUESTÕES?
2.1. As três primeiras: Quem? O quê? A quem?
Quem? A pessoa que narra.
– O corpo e a voz.
Os gestos que acompanham a narração;
A criação de atmosferas, de nuances;
A expansão do conteúdo. A focalização.
– Pausas e silêncios.
– A memória. O encerramento da memória
A memória é a nossa forma de preservar as histórias. Na sua própria transmissão, o que é retido, o que é esquecido e o que cada pessoa traz para a história desempenham um papel muito importante.
Precisamos de ter uma estrutura clara e estável da história para podermos acrescentar os nossos próprios toques, o nosso estilo, aquilo que somos enquanto contadores e contadoras de histórias.
– O imaginário.
O que o narrador ou a narradora traz para a história. Como é que ele ou ela imagina as personagens, os espaços, em que tempo.
O que a história remete para o narrador ou narradora. Outras histórias, memórias, anedotas, pessoas, lugares, tempos…
O que é que se passa? A história.
– Critérios de escolha:
O conteúdo. O tema. A importância.
A emoção.
A procura da relação de cada pessoa com a história a ser contada.
Os pontos de identificação de quem escolhe e de quem recebe.
– Onde é que encontramos as histórias para contar?
Nos acontecimentos da nossa própria vida.
Nas histórias que nos contam. Nos livros.
Na rede.
Para quem? O público.
– A consciência da recepção.
As pontes que construímos.
Os diferentes tipos de jogos: onomatopeias, sons, repetições, participação…
2.2. As três perguntas seguintes: Porquê? Como? Onde?
– A necessidade de contar. A necessidade de narrar a vida. O que não contamos acaba por desaparecer, porque não é guardado na memória.
– Com as histórias, exercemos uma espécie de justiça poética. Damos destaque a quem normalmente não o tem.
– Com as histórias, transmitimos valores que ajudam a convivência e a sociabilidade.?
– Usamos a ficção para reflectir a realidade e transmitir mensagens sem o óbvio e o imperativo, através da fantasia, das metáforas e dos símbolos.
– Através da expressão oral, damos forma às estruturas linguísticas:
A aquisição de vocabulário. Se não soubermos dar nomes às coisas, não poderemos dizer, não poderemos exprimir-nos através de meros conceitos, sem exprimir o nosso ponto de vista, os nossos sentimentos. É o que acontece quando temos pouco vocabulário, devido à idade, à falta de interesse ou ao desconhecimento da língua, quando aprendemos uma nova língua.
As histórias obrigam-nos a selecionar as palavras certas para transmitir apenas a mensagem que nos interessa e, além disso, para oferecer intriga e beleza a quem escolhe.
– A necessidade de partilhar. A narração oral partilha a ficção com outras pessoas, pessoas a quem se presta atenção, destinatários directos da mensagem, que podem intervir e que fazem parte da atividade.
– A necessidade de acompanhar e de se sentir acompanhado.
– A necessidade de ficção para se aproximar da realidade, para se sentir protegido.
– A necessidade de imaginação, de criação de imagens. A necessidade de brincar.
– A necessidade de escolher (abdicar da palavra) e de ser escolhido.
– A necessidade de recordar para existir e para ser recordado.
– A procura das palavras certas, da ordem certa, da forma certa de contar a nossa história.
NARRAÇÃO ORAL | OFICINA
Contar Histórias no século XXI
PAULA CARBALLEIRA
26 a 28 de Outubro de 2025
domingo, 15h00 – 19h15
segunda e terça-feira, 17h30 – 21h45
> Biblioteca Municipal de Coimbra
> M/16 > 12 horas > 30 euros
co-org. Biblioteca Municipal de Coimbra
no âmbito da Mostra Galiza Coimbra 2025
co-org. Cena Lusófona
Informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / [email protected]
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Cerca de São Bernardo, 3000-097 Coimbra, Portugal, Rua Bernardo de Albuquerque 93, 3000-071 Coimbra, Portugal, Coimbra

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