Name: 🏆 O Mistério do Graal e a sua Demanda nos Jardins do Palácio da Pena | com Nuno Ferreira Gonçalves
Start: 2024-10-12T16:00:00+01:00
Location: Casa do Fauno

$\ud83c\udfc6 O Mist\u00e9rio do Graal e a sua Demanda nos Jardins do Pal\u00e1cio da Pena | com Nuno Ferreira Gon\u00e7alves$

12 Outubro (Sábado), 16h | Palestra
🏆 O MISTÉRIO DO GRAAL E A SUA DEMANDA NOS JARDINS DO PALÁCIO DA PENA
- Iniciação, Hermetismo e Imaginário Simbólico
com NUNO FERREIRA GONÇALVES
Quero inscrever-me:
🌳 www.casadofauno.wordpress.com/inscricoes
🏆 Richard Strauss, extasiado com o cenário inebriante do Parque e Palácio da Pena de Sintra, terá exclamado: “Este é o verdadeiro jardim de Klingsor e lá no alto está o castelo do Santo Graal”; ou seja, o compositor alemão parece ter percebido como ninguém o curioso modelo paisagístico do cenário operático idealizado para o “Parsifal” de Wagner.
De facto, ao olharmos hoje para o enquadramento paisagístico, arquitectónico e iconográfico da Pena, admiravelmente ideado por D. Fernando II, deparamo-nos com um autêntico cenário de ópera romântica, pejado de motivos cavaleirescos medievais, de revivalismo arturiano e de curiosa similitude com a cenografia wagneriana, em que a floresta frondosa e luxuriante se impõe como cenário mistérico de iniciação, capaz de absorver o imaginário do viandante através de ambientes druídicos dignos dos melhores contos de fadas. A iconografia, como veremos, apresenta alusões sugestivas, invariavelmente intrínsecas ao mistério do Graal e da sua demanda, com carga neotemplária de insinuação para-maçónica, hermética e rosacruciana. A manifesta intenção de harmonizar em perfeito equilíbrio elementos culturais orientais e ocidentais é uma constante, materializando um património simbólico extraordinariamente eclético, digno da vocação lusitana para a universalidade, que o monarca consorte, apesar de estrangeiro (ou talvez por isso), viria a abraçar.
Nesta conferência iremos surpreender, quer nas raízes de ordem cultural e ideológica, quer na presumível vocação mística de cariz esotérico, quer, ainda, no contacto com o património mítico-histórico português, as razões de fundo que inspiraram D. Fernando II a encenar na Pena da Serra de Sintra um universo mágico de forte pendor iniciático.
🏆 Nuno Ferreira Gonçalves é músico, conferencista, investigador e escritor. É formado pela Escola de Música do Conservatório Nacional e mestre em Ciência das Religiões pela Universidade Lusófona. Conferencista prolífico, participa regularmente em congressos, palestras e seminários dedicados ao imaginário mítico e ao património simbólico portugueses. É autor dos títulos “Os Obreiros do Grande Ocidente” (Chiado, 2015), “Os Mistérios do Verbo” (Chiado, 2016), “História Secreta da Ordem de Avis” (Zéfiro, 2019), e “A Tradição do Graal em Portugal” (Zéfiro, 2022), bem como de dezenas de artigos na área da filosofia hermética e do esoterismo. Entre 2016 e 2018 colaborou com o Jornal de Sintra, assinando uma rubrica trimestral intitulada “Sintra Esotérica” dedicada à componente hermética da iconografia sacra, da herança templária e dos mitos históricos sintrenses. É presidente da Manas Taijasi Associação Cultural Espiritualista, onde dirige um círculo de estudos teosóficos dedicados à obra e pensamento do Professor Henrique José de Souza (fundador da Sociedade Teosófica Brasileira). Atualmente, desenvolve investigação no Instituto de Estudos de Literatura e Tradição (IELT) no âmbito do Programa de Doutoramento em Estudos Portugueses da Universidade Nova de Lisboa.