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Os sopros têm muita tradição. Conhecemo-los bem das bandas militares e das filarmónicas com origem no século XIX. Mas o alcance é mais vasto e remonta a séculos anteriores. Primeiro, em contextos festivos e cerimoniosos. Depois, no fim do período clássico, ao encontro do «novo gosto» em torno dos Habsburgos, em Viena. Chamavam-se Harmonie, esses agrupamentos que tocavam transcrições de excertos de óperas. Nessa época, Haydn interessou-se pelo octeto formado por pares de oboés, clarinetes, fagotes e trompas e introduziu maior planificação dramática e depuração de escrita. Já em 1982, Jean Françaix juntou a trompete e o contrabaixo para evocar o mesmo Haydn em 11 variações sobre a melodia principal da Sinfonia Surpresa. Em 1906, George Enescu preferira juntar duas flautas para dar expressão à influência de Bach.Ventos de Paris
Orquestra Metropolitana de Lisboa
J. Haydn Octeto de Sopros
J. Françaix Onze Variações Sobre um Tema de Haydn
G. Enescu Deceto de Sopros
Lurdes Carneiro direção musical
Fotografia: Lurdes Carneiro (c)Marcelo Albuquerque
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Universidade NOVA de Lisboa, Lisbon, Portugal