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Lançamento do livro "O rasto dos peregrinos" de André Domingues
Dia 27 de setembro, apresentamos nas MIRA Galerias o livro "O rasto dos peregrinos" de André Domingues, editado pela Poética Edições.
Sinopse
Os personagens que atravessam este livro são errantes convictos, marcados pelo excesso e pela simulação. Vivem entre o desejo e o impulso, mas ainda têm aspirações profundas e emitem sinais de uma espiritualidade abandonada.
Um grupo de amigos presos num bar que se afunda. Um melancólico dividido entre o amor e um sentimento de rivalidade. Dois amantes decididos a perder todo o pudor. Um fabulador de meia-idade seduzido por uma mulher mais jovem que o ignora. Um casal que escapa a um atentado, mas não à ausência de informação. Uma mulher que revela a sua intimidade a um estranho e que o confronta com a natureza da vida e da arte. Um jornalista bloqueado. Um escritor fracassado apaixonado por uma prostituta virtual. Um poeta sem amor-próprio. Um par de fetichistas sofisticados. Um artista plástico que sofre um surto psicótico em pleno processo de enamoramento.
São figuras dispersas, mas unidas pela mesma busca cega de sentido e realidade. A devoção que os move também os trai. Ainda assim, cada um guarda, à sua maneira, uma réstia de esperança, um sentido de penitência, uma noção de ritual – e uma forma secreta de celebração.
NOTA BIOGRÁFICA
André Domingues é licenciado em Ciências da Comunicação e mestre em Literatura e Cultura Comparadas, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Escreve contos, poesia, ensaios e crónicas. É locutor, tradutor e copywriter.
Principais publicações: ficção breve: Dramas de Companhia, Companhia das Ilhas, 2016; poesia: Tempestade das Mãos, Debout sur l’Oeuf, 2017; Rapina, Douda Correria (2020); tradução: Raquel Lanseros, 17 000, Editora Labirinto, 2018; no domínio do conto, participação na antologia A Criança Eterna, Centro Mário Cláudio, 2017, em Dobra e em Luvina 93 (“Travesía Portugal”), Universidad de Guadalajara, 2018; Crónica: Porto ou a Insurreição do Olhar, Editora Labirinto, 2023.
"Havia inúmeras razões pelas quais a grande literatura era sexualmente provocadora, mas eu não estava disposto a ensinar-lhe e ela também não parecia muito interessada. Perguntem a uma miúda de vinte anos e a uma mulher de cinquenta que descrevam os seus príncipes encantados e verão que elas irão coincidir em muitos pontos em que a liberdade se tornou tangível como uma faca a dançar no fogo. O que queria dizer-lhe era que a grande literatura se assemelhava à perigosa invenção da liberdade. Não se cinge a uma só dimensão do real. A literatura pode ser um lugar sujo e escabroso, francamente aviltante, e ao mesmo tempo oferecer uma visão pura e redentora.
Era isso que eu lhe queria dizer. Mas ela não me deixou."
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