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No hemisfério dos paradoxos.‘O escravo moribundo’, que serve de imagem para o recente álbum de Druuna Jaguar – ‘En Transi’ [Variz . 2024]. ‘O escravo moribundo’, estátua de Miguel Ângelo, que na descrição de Jorge Mantas nome por detrás de Druuna Jaguar, ‘é capaz de transmitir uma estranha energia sexual na sua posse luxuriante’ e que, ao mesmo tempo, é invocada sonoramente num estado de trance musical.
E ‘Música para Teatro 2009 – 2022’ de José Alberto Gomes, editado este ano pela Wasser Bassin. Uma pequeníssima antologia da vasta obra para teatro do músico portuense. A não conformidade de um corpo sonoro, a beleza intrínseca das descontinuidades de um tempo que passa – o real e o encenado e nunca por esta ordem ou a sua inversa.
O paradoxal na insistência em se organizar concertos. O paradoxo de se juntarem diferentes associações. O paradoxo na teimosia de se querer ouvir música ao vivo. Contemplação – introspecção.
DRUUNA JAGUAR | Nascido em Évora, em 1972, dedicou-se desde o início dos anos 1990 à divulgação das denominadas ‘músicas em vias de exceção’ através de vários programas de rádio e das fanzines ‘Neural Therapy’ e ‘psico.acústica’.
Sem formação musical prévia, mas com muitos anos de investigação e escuta atenta, iniciou as suas primeiras experiências musicais em 2007 com o projeto The Beautiful Schizophonic, explorando em profundidade as propriedades afetivas do som através de longos drones atmosféricos. Lançou mais de uma dezena de álbuns em editoras dos EUA, Japão, França e Portugal e atuou ao vivo, em festivais e a solo, em Londres, Paris, Toulouse e, em Portugal, na Casa da Música, Teatro Ibérico, Teatro Garcia de Resende, entre outros locais.
Com o projeto Druuna Jaguar, fundado em 2017, a orientação estética mudou radicalmente ao incorporar na sua linguagem musical elementos de ruído mais visceral, mas também da música concreta, nunca abandonando de todo o seu fascínio pelos drones mercuriais. Na mais recente encarnação musical, propõe a expansão das possibilidades sonoras do sintetizador modular, com particular foco em técnicas como a síntese autoregressiva e generativa.
Entre 2019 e 2020 foi programador do Serial – Festival Internacional de Música Exploratória de Évora – tendo convidado alguns dos mais reputados nomes da cena musical eletrónica e experimental para os palcos Eborenses.
druuna-jaguar.bandcamp.com
JOSÉ ALBERTO GOMES | Músico, artista sonoro e investigador. Licenciado em Composição, criou laços com as novas possibilidades tecnológicas tendo especial interesse em procurar novas formas e novos ‘lugares’ musicais e sonoros. Doutorado em Computer Music é docente na Escola das Artes da UCP, coordenador do Doutoramento em Ciência e Tecnologia das Artes e investigador no CITAR. É co-diretor artístico do Supernova Ensemble, colectivo artístico residente na Associação Cultural Circular.
Entre 2013 e 2018 foi curador da plataforma Digitópia Casa da Música e entre 2018 e 2019 foi coordenador do Serviço Educativo Braga Media Arts - cidade criativa UNESCO.
Mantém uma actividade próxima com a música enquanto performer, compositor e artista sonoro tendo apresentado e colaborado com instituições e agrupamentos como Remix Ensemble Casa da Música, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Teatro Nacional Dona Maria II, FITEI, Journées Européennes du Patrimoine, Fundação de Serralves, Internationale Filmfestspiele Berlin, Teatro Oficina, TEP, Sonoscopia, Walk&Talk, Hong Kong New Music Ensemble, Teatro da Comuna, Teatro Oficina, Centro Dramático Nacional de Madrid, Ballet Teatro, entre outros.
Apresenta-se regularmente em projectos a solo, colectivos ou em parcerias (BlacKoyote, Supernova Ensemble, Srosh Ensemble, Hans-Joachim Roedelius, Gustavo Costa, Ricardo Jacinto, Henrique Portovedo, Jon Rose, João Tiago Dias, Joana Gama e Luís Fernandes, Diogo Tudela), nas áreas de música e sonoplastia para peças de teatro e dança, (Cáligula Murió. Yo no - Marco Paiva; Cadernos de - Raquel S; Cidade Domingo - Jacinto Lucas Pires e João Henriques; Prometeu - Marcelo LaFontana; Revoluções - Né Barros) vídeo e cinema, (Chimaera 2020 - Miguel C. Tavares, O Último Banho - David Bonneville, Money Honey - Isaac Knights-Washbourn, Adagiário ou Formas de Falar com Pássaros - Alexandre Delmar), como criador de instalações sonoras (And it Keeps Going or the Never-ending song of life - i3S/Ectopia, A Perpetuação do tempo sob o presente - Journées Européennes du Patrimoine; Re-Interpretação Urbana - Fundação de Serralves, Substantive Derivative - Emiliano Zelada/Ingresso Pericoloso) e como compositor para electrónica e ensemble instrumental, (Remix Ensemble,Drumming, Nuno Aroso, João Dias, Henrique Portovedo, FactorE, Srosh Ensemble, Orquestra Estúdio, Ensemble Med).
jasg.net | instagram.com/jasgomes | josalbertogomes.bandcamp.com
Entrada | 07 euros
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Event Venue & Nearby Stays
Escola do Largo, Largo do Chiado 23, 1200-108 Lisboa, Portugal,Lisbon, Portugal