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Ainda temos alguma coisa para dizer?À palavra descuidada, textos debitados. Reflexão mínima.
Repetição da exaustão. Argumentos circulares e auto justificativos.
A palavra. Totalitária como crença. Fenda nos seus mistérios.
Resistência. Abrir espaço para quem a usa – A Palavra – com singular mestria.
Concertos de Tombo [Lea Tarragona | Nuno Marques Pinto | Wladimir Vaz Mourão] e Farpas [Miguel Abras | Guilherme Rodrigues | António Feiteira].
Oportunidade para conhecer a Editora Urutau e para o primeiro Ciclo de Concertos para Salas Vazias de 2025. O concerto de ano novo no Musikverein Paredense.
TOMBO
caras e corpos que caem e abrem rombos roucos ralados no joelho calados calos soltos bambos
turvo uivo vivo rito rouco oco eco escoa exato extrato trato do tempo do tombo hoje ergo tanto rombo bambo sobras da sombra asco coisa coisa
coisa trama trapo poente ente rente dente dente dente tempo
tempo tempo
tombo
mente mente mente
FARPAS | Formados por Miguel Abras na voz e no baixo, António Feiteira na bateria e por Guilherme Rodrigues no saxofone alto e electrónicas, FARPAS trazem a cavalagem mais ou menos longa de cada um deles – do jazz à canção, do rock bastardo à improvisação livre. A lírica quase apocalíptica de Abras como narração possível de um som que é capaz de alinhar turbilhões de ruído e abandono a momentos de pura especulação e passagens hipnóticas quase kraut no movimento, sem nunca se deter numa qualquer progressão óbvia ou em disrupções vazias. Espaço dub, fogo free, pulso rock e electrónica rafeira em conluio muito urbano, honesto e sabido. Bruno Silva]
cafetrarecords.bandcamp.com/album/farpas
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